Museus portugueses nunca tiveram tantas visitas

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Foto: António Pedro Santos / Global Imagens

Mosteiro dos Jerónimos bate recorde de visitantes com mais de um milhão de entradas.

O Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, foi o equipamento mais visitado em 2016, no universo tutelado pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), tendo ultrapassado um milhão de entradas, divulgou hoje este organismo.

A DGPC realça que se acentua, nos monumentos nacionais, a predominância do público estrangeiro - cerca de 84% -, enquanto nos museus há "uma proporção idêntica de público nacional e estrangeiro" - cerca de 50% -, e, nos palácios, a predominância foi de residentes em Portugal, com 60% das visitas.

No total, os monumentos registaram 2.806.074 entradas, os museus, 1.479.227 e, os palácios, 397.476, respetivamente.

O Museu Nacional dos Coches, em Lisboa, com 382.593 entradas, foi o museu mais visitado em 2016.

A DGPC justifica este aumento pela inauguração do novo edifício em que está instalada a coleção, associado "a um outro dinamismo", que "muito aproximou o público português, apresentando um aumento de cerca de 250% deste público, em 2016, comparativamente com 2014", quando funcionava exclusivamente no antigo Picadeiro Real, junto ao Palácio de Belém.

No segundo posto está o Museu Nacional de Arte Antiga, também em Lisboa, 175.578 entradas, seguindo-se, em terceiro, o Museu Nacional do Azulejo, instalado no convento da Madre de Deus, com 160.557 entradas, e, em quarto, o Museu Nacional de Arqueologia, com 146.955 visitantes.

O Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, é o museu mais visitado fora de Lisboa, com 114.568 entradas, e, em sexto lugar, o Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, com 110.568 vistas, seguido pelo Soares dos Reis, no Porto, com 98.694 entradas.

O top dez dos museus mais visitados fica completo com o Museu Nacional de Arte Contemporânea/Museu do Chiado, em Lisboa, com 51.992 entradas, seguido de perto pelo Nacional do Traje, também na capital, com 44.543 entradas.

Quanto aos Monumentos, o Mosteiro Jerónimos foi visitado por um milhão e 80 mil pessoas, seguindo-se a vizinha Torre de Belém, com 685.694 visitas, e, em terceiro, o Mosteiro da Batalha (396.423 visitantes), seguindo-se o Mosteiro de Alcobaça (226.516), o Convento de Cristo, em Tomar (295.808) e, finalmente, o Panteão Nacional (120.731), em Lisboa.

Os dois Palácios Nacionais tutelados pela DGPC, Mafra e Ajuda, receberam, respetivamente, 327.563 e 69.913 visitantes.

A DGPC afirma no mesmo comunicado que projeta "uma vasta programação cultural para 2017", e prevê que "esta tendência de crescimento de públicos se mantenha".

O quadro completo

Os monumentos, museus e palácios nacionais receberam mais de 4,6 milhões de visitantes no ano passado, o que representa um aumento de 15,5%, em relação a 2015, segundo dados divulgados hoje pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).

"Todos os equipamentos culturais tutelados pela DGPC viram aumentar os seus visitantes", um facto que acontece pela primeira vez, de acordo com a DGPC, que sublinha o registo de subidas tanto do público nacional como estrangeiro.

"Em 2016, mais de quatro milhões e 682 mil pessoas visitaram Monumentos, Museus e Palácios tutelados pela DGPC, representando um aumento de 15,5%, em relação a 2015 (mais 626.803)", lê-se no comunicado hoje divulgado.

Além do "evidente aumento do turismo internacional", a DGPC justifica ainda estas subidas pela "qualidade da oferta cultural nestes equipamentos, a abertura de novos espaços, as exposições temporárias, os eventos culturais e a atividade dos serviços educativos".

No Museu Nacional de Arte Antiga, por exemplo, a inauguração da nova Galeria de Pintura e Escultura Portuguesas teve mais de 67 mil visitas, das 175.578 entradas totais deste equipamento, às Janelas Verdes, em Lisboa, em 2016.

A DGPC destaca a exposição temporária "Lusitânia Romana, origem de dois povos", que esteve patente entre maio e junho no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa, que contou mais de 58.000 visitantes, dos 146.955 totais em 2016, do museu.

No Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, registou-se um aumento para 114.568 visitantes, em 2016, o que se "deveu em muito à vasta programação no âmbito das comemorações do centenário" desta instituição.

A exposição temporária "Amadeo Souza Cardoso, Porto -- Lisboa, 2016 -1916", patente no Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, registou, de 01 de novembro até 31 de dezembro de 2016, mais de 43.000 visitas, num total de 98.694 entradas no museu, durante o ano de 2016.

Do total de visitantes dos museus, palácios e monumentos nacionais, em 2016, cerca de 70% - 3.257.709 - são estrangeiros, enquanto 1.425.068, cerca de 30%, são nacionais.

Entre os visitantes estrangeiros, a maioria visitou monumentos (2.358.176 pessoas, cerca de 72%), enquanto 740.891 visitaram os museus (cerca de 23%) e 158.642, os palácios nacionais (cerca de 5%).

Quanto aos visitantes portugueses, a preferência foi para os museus, que receberam 738.336 visitas, cerca de 52%, seguindo-se os monumentos com 447.898 (perto de 31%) e, finalmente, os palácios, com 238.834 (cerca de 17%).

In TSF



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