Acidente dá origem a paraíso de águas mornas e cristalinas em PE

DO TEXTO:
Lagoa Azul
Kleber Nunes
Colaboração para a Folha, no Recife

Paraíso isolado e quase intocado, a lagoa Azul é a novidade do verão em Pernambuco. Há pouco mais de um ano aberto ao público, o local, que fica em Jaboatão dos Guararapes (a 33 km do Recife), tem atraído turistas e pernambucanos que buscam de tranquilidade a adrenalina.

Quem vê a lagoa, de águas mornas e ladeada por um paredão rochoso de 50 metros de altura, não imagina que o cartão-postal surgiu a partir de um acidente. Há mais de 30 anos funcionava uma pedreira ali. Durante a perfuração para a extração de minérios, as máquinas atingiram o lençol freático, fazendo a água verter até a superfície.

A cratera, de cerca de 120 m de diâmetro e 22 m de profundidade, tornou-se um ambiente ideal para quem quer descansar com a família em um espaço rodeado por verde. Guarda-sóis, mesas e cadeiras são instalados às margens da lagoa, onde o visitante pode se acomodar.
Lagoa Azul, em Pernambuco

ACESSO

Por ser uma área privada, para acessar a lagoa Azul é preciso pagar R$ 10. O lugar abre aos sábados e domingos, mas em janeiro funciona também nos dias úteis. É proibido levar alimentos e bebidas. Na lagoa existe um pequeno bar e algumas barracas, que vendem cerveja, refrigerante e petiscos.

"Depois que organizou ficou muito bom aqui para passar um dia com a família. Sabia da existência dessa área desde 1993, mas antigamente não tinha essa cara de clube, era local de desova de cadáveres", diz Severino de Queiroz Júnior, 36.

Nos fins de semana, além de poder nadar, o visitante pode praticar esportes radicais como tirolesa, rapel e bungee jump. "Tudo aqui me surpreendeu. Quando vi a tirolesa quis arriscar. É minha primeira experiência", diz a paulista Manuela Santos.

Os menos corajosos podem aproveitar a lagoa praticando stand-up ou passeando de pedalinho e caiaque. Ainda há a opção de fazer trilhas pela área de Mata Atlântica em grupos. Fernando Lins, 21, pedalou quatro horas de Olinda até a lagoa Azul. "Fiquei sabendo pelas redes sociais e fiz questão de vir. Estou encantado, vale muito a pena", diz ele.

O acesso à Lagoa Azul é a maior queixa de quem esteve no local. A Folha fez o trajeto de mais de 30 km, saindo do Recife. Boa parte do percurso foi pela rodovia PE-17. Na estrada não há sinalização horizontal nem placas, e em alguns trechos o acostamento não existe. O acesso à lagoa se dá passando por dentro de uma comunidade. Não há asfalto.

De acordo com Kalliny Gomes, gerente de turismo da Prefeitura de Jaboatão, os problemas de acesso à lagoa e de divulgação do ponto turístico começarão a ser resolvidos ainda neste verão. O Departamento de Estradas de Rodagem não quis comentar sobre as condições precárias da PE-17. 

In:http://www1.folha.uol.com.br



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