Já uma vez escrevi o que pensava entre a postura do futebol de antigamente e o que se verifica hoje, isto ao constituir um paralelismo entre jogadores e público. Jogadores que, antigamente, se apresentavam em campo como paradigmáticas figuras de uma modalidade tida como desporto-rei. Hoje, é vê-los tatuados e cabelos que em muitos casos lembram os filmes do Oeste. Os espectadores esses também entraram nessa mesma loucura. Mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades.
Temos que aceitar, não obstante, porém, bater a saudade em relação à postura do passado.
Apesar de todas as vicissitudes, o futebol também tem momentos de verdadeira solidariedade, bem presente em relação ao trágico acidente que vitimou quase toda a comitiva da Chapecoense, não esquecendo, de forma alguma, os vinte jornalistas que pereceram na tragédia. E já que falamos de jornalistas que narraram neste sábado de luto, enaltecer a conduta de Galvão Bueno na Globo. Profissionalismo e emoção de mãos-dadas.
Dos jogos que até agora assistimos, bonito ver os jogadores com uma fita preta no braço, os técnicos de gravata preta e, dentro dessa mesma solidariedade, a forma em como muito público se apresentou, ou seja, revelando um impressionante sentimentalismo. Pena, realmente, as cenas desagradáveis que ocorreram no final do jogo Manchester City – Chelsea, com dois jogadores do City expulsos.
Hoje, dia em que os corpos das vítimas chegaram ao Brasil, podemos dizer que a solidariedade do futebol voltou por esse mundo fora. A Chapecoense foi alvo de manifestações de emoção, de enorme tristeza em função de um acidente aéreo que ainda vai dar muito que falar. Que haja rigor no apuramento dos factos.
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