Roberto Carlos durante a gravação de seu especial de Natal no Projac, no Rio de Janeiro
LÍVIA
SAMPAIO
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Duas
semanas depois de participar de uma das entrevistas de despedida do
"Programa do Jô", na qual disse que deu uma "melhoradinha"
do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), Roberto Carlos volta na noite desta
sexta-feira (23) à TV para seu especial de fim de ano.
No
programa, gravado em novembro nos estúdios da Globo, no Rio, ele já dava sinais
de recuperação da doença. O ápice foi a canção "Quero que Vá Tudo pro
Inferno", fora do repertório do rei havia décadas porque ele não dizia a
palavra "inferno" de jeito nenhum. Mais estável, concluiu: "É só
uma expressão".
Alguns
rituais, no entanto, ele mantém. Um exemplo: ao fim de cada música, Roberto
segue para o fundo do palco do estúdio para beber água. Dois copos ficam sobre
uma mesa, ambos cobertos por panos brancos.
O
cantor, então, descobre um deles, toma um gole, devolve-o à mesa, descobre o
segundo copo e toma outro gole. São sempre dois goles e a mesma sequência de
copos, a começar pelo do lado direito.
Foi
assim de "Emoções" a "Jesus Cristo", primeira e última
canções do segundo dia de gravações no Projac, em que recebeu Gilberto Gil,
Caetano Veloso e Marisa Monte.
Com
os baianos, cantou "Coração Vagabundo" e "Marina". Com
Marisa, "De que Vale Tudo Isso" e "Ainda Bem" -esta última
com dancinha com a cantora.
No
primeiro dia, que a reportagem não acompanhou, o anfitrião recebeu Zeca
Pagodinho, Milton Guedes (que tocou gaita) e a cantora mirim Rafa Gomes,
finalista do programa "The Voice Kids".
A
transmissão também exibirá um videoclipe de Roberto com Jennifer Lopez, gravado
em Los Angeles. Em "Chegaste", Lopez canta pela primeira vez em
português.
No
ar desde 1974, o programa anual documenta tanto o período histórico em que foi
exibido como as diversas fases por que Roberto passou. Se em 1984 ele pegava a
estrada para o clipe de "Caminhoneiro", em 1989 abraçava a causa
ecológica cantando na floresta amazônica com uma pena pendurada nos cabelos.
Em
1996, apresentou um filho recém-confirmado em um teste de paternidade. Com ele
cantou "As Curvas da Estrada de Santos". O único ano em que não houve
programa foi 1999, quando Maria Rita, sua mulher, morreu.
A
morte dela e outros eventos traumáticos, como a perda da perna em um acidente
na linha do trem, serão contados na cinebiografia do cantor.
A
ser rodado no ano que vem e sem data de estreia prevista, o filme deve ser
narrado pelo próprio Roberto e dirigido por Breno Silveira.
Em
maio de 2017, deve ser publicado "Roberto Carlos em Detalhes"
(Record), de Paulo César de Araújo. Lançada em 2006, uma biografia escrita pelo
mesmo autor foi recolhida após ações do cantor na Justiça. Em 2015, o STF
decidiu liberar esse tipo de publicação mesmo sem a autorização do biografado.
A jornalista viajou a convite da Globo
NA TV Simplesmente Roberto Carlos Quandosexta (23), às
22h20, após "A Lei do Amor", na Globo.
ENVIADA ESPECIAL AO RIO
Simplesmente Roberto Carlos
Quando sexta (23), às 22h20, após "A Lei do Amor", na Globo.
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