Brasileiros escolhem Palavra do Ano

DO TEXTO:

Brasil passa a eleger a palavra que sintetiza o espírito da época

 
Alba Bittencourt
Portal Splish Splash

Selecionar uma palavra que defina como foi o ano já é  uma tradição em países como Estados Unidos e Alemanha.  Agora, é a vez dos brasileiros: pela primeira vez uma pesquisa identificará qual o termo que melhor expressa o espírito de nossa época em nosso país.  A iniciativa da consultoria em gestão de causas CAUSE contará com a participação de 1.000 respondentes de todas as regiões do Brasil, de todas as idades e classes sociais, reproduzindo o perfil dos brasileiros de acordo com os dados do IBGE.

A escolha da Palavra do Ano acontece em duas fases.  Na primeira, um grupo formado por influenciadores ligados à comunicação e sociedade, como um jornalista, uma poeta, um advogado especialista em tecnologia, um cientista político, um antropólogo e uma comunicóloga (perfis abaixo) se reúnem para escolher as cinco palavras finalistas à “palavra do ano”.  Essa lista é, então submetida à escolha popular pela plataforma online OpinionBox.  O resultado será divulgado no final do dia 21 de dezembro, pelo endereço www.fb/CAUSEBrasil.

Para Leandro Machado, sócio da CAUSE, “começarmos a eleger a palavra do ano, ainda mais no crítico 2016, é uma tentativa de entender o que mais impactou a sociedade brasileira em um período tão turbulento”. De acordo com o cientista político, “trata-se de uma oportunidade de engajar diversos públicos na discussão em torno do grande tema de cada ano”.

A Palavra do Ano é uma tradição ocidental desde a década de 1970, quando a Society of German Language passou a selecionar o vocábulo que melhor resume o espírito da época.  Desde então, a ideia se espalhou pelo mundo, com processos de seleção distintos entre si.  Nos Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo, o dicionário Oxford é uma das instituições que escolhe a palavra do ano. Para 2016, a escolhida foi ‘post-truth” (pós-verdade, em português).

No caso do Brasil, a #PalavradoAno seguirá alguns critérios:

- capturar o espírito da época em 2016;
- não precisa necessariamente ser uma palavra nova;
- deve ser do idioma português, salvo no caso daquelas em outro idioma, que já são de uso corrente no país;
- não deve ser ofensiva, ultrajante ou preconceituosa;
- poderá ser uma palavra composta, desde que forme uma unidade semântica.

O grupo de jurados inclui:

Ronaldo Lemos,  mineiro de Araguari (MG), tem 39 anos e é professor de Direito na Graduação e na Pós-Graduação da UERJ, graduado em Direito pela Universidade de São Paulo, mestre em Direito pela Universidade de Harvard, doutor em Direito pela Universidade de São Paulo. Pesquisador visitante do MIT Media Lab. Membro do Conselho de Comunicação Social criado pelo artigo 224 da Constituição, com sede no Senado Federal. Membro do Conselho de Administração da Fundação Mozilla, que faz o navegador Firefox. Cofundador e diretor do ITS Rio.

Alice Ruiz, poeta e haikaista,  nasceu em Curitiba (PR), em 22 de janeiro de 1946. Começou a escrever contos com 9 anos de idade, e versos aos 16. Aos 26 anos publicou pela primeira vez seus poemas em revistas e jornais culturais. Lançou seu primeiro livro aos 34 anos. Alice publicou, até agora, 21 livros, entre poesia, traduções e uma história infantil. Já ganhou vários prêmios, incluindo o Jabuti de Poesia, de 1989, pelo livro Vice Versos e o Jabuti de Poesia, de 2009, pelo livro Dois em Um. Tem poemas traduzidos e publicados em antologias nos Estados Unidos, Bélgica, México, Argentina, Espanha e Irlanda.

Ricardo Arnt, nasceu em 1951, em Bagé (RS), e estudou no Rio de Janeiro, em Porto Alegre e nos Estados Unidos. Formou-se pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro onde obteve o grau de Mestre em Comunicação. Jornalista com experiência em jornal, revista, televisão, direção de vídeos e comunicação corporativa, trabalhou em veículos como Folha de São Paulo, TV Bandeirantes e revista Exame. É autor de vários livros sobre ecologia, Amazônia e história brasileira, como Jânio Quadros, O Prometeu de Vila Maria. Traz na bagagem seis prêmios em jornalismo, entre eles, o Esso de Informação Científica, Tecnológica e Ecológica, com a reportagem “O negócio do Verde”.

Monica Gregori é formada em comunicação social pela PUC-MG, especialista em Consumer Behavior and Marketing Communications pela Temple University. Foi executiva de grandes empresas no Brasil e no exterior e membro do Conselho de Ética do CONAR. É colaboradora do blog Meio&Mensagem e professora convidada de Gestão de Marcas na Miami Ad School.

Rodolfo Guttilla é jornalista e cientista social, com mestrado em antropologia pela PUC-SP. Especializou-se em marketig pela Northwestern University, Kellog University e Fundação Dom Cabral. Dirigiu por mais de 15 anos áreas de comunicação de grandes empresas. Faz parte do conselho editorial da revista Página 22. Poeta e escritor, suas obras foram publicadas pela Cia das Letras, Lazuli/Editora Nacional, Landy Editora, entre outras.

Leandro Machado é cientista político pela Universidade de Brasília, com especialização em comunicação internacional pela Syracuse University/ABERJE, com quase 20 anos de atuação em comunicação e relações institucionais. É professor convidado de Advocacy na Fundação Getúlio Vargas, FGV-SP e cofundador de ONGs no Brasil e no exterior. Em 2015, foi eleito um dos Jovens Líderes Globais pelo Fórum Econômico Mundial.

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