A macumba do "Fifi das flores"

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
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Outras das figuras do Corpo Santo, bairro oriental da cidade de Angra do Heroísmo, fazia as suas flores de papel colorido na janela de casa, em frente à sede do clube Marítimo. Quando saia à rua para vendê-las, a nossa rapaziada entrava forte com o José, que sempre se defendia.
Com o decorrer dos tempos, o futebol foi sofrendo mutações de vária ordem. Era, ao cabo, os efeitos do progresso que se apregoava de época-em-época, quer ao nível associativo, quer ao nível dos clubes, se bem que ainda hoje existem alguns que não entraram totalmente nessa realidade. Basta ver aqueles que colocam jogadores em campo suspensos pelo acumular de cartões amarelos. Outros que vão na onda do que se diz numa reunião associativa, mas que nada ficou escrito, nem homologado federativamente. O mesmo que dizer... “pior a emenda do que o soneto”.
A Tribo do Futebol trouxe-nos outras situações interessantes, servindo de paradigma, entre outras, a benzedura de camisolas, contra os olhares da inveja e por aí fora. Muitos técnicos e dirigentes foram, respeitavelmente, acreditando nessa atuação de benzedores e/ou macumbeiros.
No ano em que o Lusitânia dos Açores começou a disputar os “nacionais”, o treinador seguiu esse ritual, recorrendo então ao José, vulgarmente conhecido pelo “Fifi das flores”. Antes dos jogos, na sede do clube, onde estavam colocados os equipamentos para o respectivo jogo, o “Fifi” fazia lá as suas rezas, o seu toque de “magia” para alcançarem a vitória, o resultado que sempre interessava, logicamente. Depois, no jogo, o “Fifi” colocava-se atrás da baliza dos balneários e continuava ali a sua ação de benzedura, desta feita por via de palavras dirigidas para dentro das quatro linhas. Dizem que resultava. Dizem... É que, num dos jogos em que o “Fifi” não compareceu, o Lusitânia perdeu.  E esta, heim!!
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Trio La Flor Huasteca - Macumba

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