Constituiu
assinalável êxito a presença do escritor Joel Neto, também nosso colaborador,
na Nova Inglaterra onde apresentou os seus dois mais recentes livros –
Arquipélago e A Vida no Campo. Paradoxal que possa parecer (para alguns), foram
vendidos 350 exemplares no espaço de uma semana. E, para além disso, a presença
do cotado escritor também serviu para um matar de saudades entre os muitos
açorianos que residem no Estado de Massachusets. A adesão ultrapassou todas as
expectativas, de acordo com o que foi comentado na mídia local, nomeadamente
jornais e rádios que, deste modo, contribuíram com a sua quota-parte para a
divulgação deste memorável evento. Vender 350 exemplares em tão poucos dias,
foi obra.
Agora, Joel Neto vai estar presente em Porto Alegre, consequentemente os
Açores conquistando fronteiras. E, a partir de sexta-feira , serão tema central
na mítica Feira do Livro de Porto Alegre (62ª edição), a maior a céu aberto em
toda a América Latina.
Joel Neto fala-nos de mais esta significativa participação:
«Estive em Porto Alegre pela primeira e última vez há mais de dez anos,
para um congresso à margem da Feira. Mas a minha relação com a cidade já era
anterior. Gosto de Érico e Luís Fernando e, ademais, tenho lá grandes amigos:
os escritores Assis Brasil e Valesca de Assis, a blogger Patrícia Antoniete e o
jornalista Alcides Gonçalves, um dos meus mais íntimos de sempre. Não nos vemos há cinco anos e será um gosto
reencontrá-lo.»
O significado da Feira:
«Quanto à Feira, é a maior a céu aberto em toda a América Latina. É
preciso dizer mais? A América Latina é terra de literatura. Estar presente e
representar os Açores constitui uma honra enorme. Nem sequer vinha muito a
calhar do ponto de vista da minha agenda, porque não tenho parado. Mas de modo
nenhum enjeitaria a oportunidade de voltar. Até porque tenho a sair no Brasil o
meu 'Os Sítios Sem Resposta' (2012) – que no mercado brasileiro se vai chamar
'Os Lugares Sem Resposta' – e será uma bela oportunidade para divulgá-lo junto
ao 'Arquipélago', ao 'A Vida no Campo' e ao 'O Citroën Que Escrevia Novelas
Mexicanas'.»
A concluir:
«Além do mais, adoro o Brasil. Sinto-me em casa no Brasil. Podia viver
no Brasil. Vou viver no Brasil, um dia.»´
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