Canadá e Estados Unidos - Uma ciumeira saudável

DO TEXTO:





Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@bol.com.br
Facebook
https://www.facebook.com/carlosalberto.alvessilva.9

Em tudo que envolve diretamente a nossa vida amorosa e profissional, sobretudo -, existe sempre uma pontinha de ciúme. Será que existe alguém que, por isto ou por aquilo, não tenha um ciúme, muito pequeno que seja? Se existem esses tais despidos do ciúme, devem ser muito poucos. 
Última viagem a Toronto - Canadá

Sempre respeitei o ciúme, desde que não atinja as raias do exagero, ou seja, o conhecido ciúme doentio que, em muitos casos, leva as pessoas ao desespero, cometendo atos tresloucados, mormente quando se trata de ciúme amoroso. Não é só no Brasil que isso acontece, convenhamos por amor à verdade. Ora, por outro lado, também por vezes vem à tona a "ciumeira" saudável, que até serve para uma cabal meditação. Isso aconteceu comigo ao receber um e-mail de um amigo meu do Canadá, descontente por eu só falar nas minhas viagens aos Estados Unidos. Com toda a razão, porque, das oito viagens que efetuei aos States, cinco foram intercaladas com passagens pelo Canadá, país onde pululam muitos emigrantes portugueses, designadamente na Província do Ontário. Nesta segunda verdade, tenho que confessar que, no Canadá, concretamente em Toronto, sempre fui bem recebido e apoiado de igual forma paralelamente ao que se constatou nos Estados Unidos. Daí ter pecado um pouco por isso, mas hoje quero me redimir para gáudio deste meu amigo e de outros que, por certo, pensam da mesma forma, mas que não tiveram a coragem de, pela mesma via (e-mail), enviar um reparo nesse sentido, melhor dizendo, uma "reprimenda" pelo esquecimento, se é isso que pensam, na realidade... 
A célebre Maratona de NY
Comecei a minha "peregrinação" jornalística por terras do Tio Sam em 1977, mas, curiosamente, entrei pelo Canadá onde permaneci quinze dias, ficando os outros quinze para digressionar pelo Estado de Massachusets. E é aqui que me penitencio perante os meus amigos, conhecidos e leitores que vivem no Canadá, maior incidência em Toronto, a bela Toronto, sempre limpa, como, alias, acontece em todo o país -, onde sempre fixei o meu "quartel general". Do Canadá, incomensuráveis e gratas recordações, atendendo a que nada me faltou. Inclusive, cheguei a ter dificuldades para atender todos os meus amigos e conhecidos e até admiradores da minha escrita, há que dizê-lo. que manifestaram todo o interesse para que eu visitasse as suas casas, num almoço, num jantar, numa noite de fim-de-semana onde jorrava o scotch, a cerveja e o vinho. Era, ao cabo, um matar de saudades com um jornalista que sempre levava até eles, principalmente no jornal "A Bola", as notícias da sua terra, mas hoje é totalmente diferente, porque a internet lhes proporciona essa atualização diria. Nessa dita viagem de batismo à América do Norte, tive o privilégio de assistir, claro em Toronto, à inauguração dos Eatons, uma das maiores superfícies do Ontário, com lojas, teatros, cinemas, piscinas, campos, etc., para todos os gostos e paladares. Um dia bem divertido, apesar do cansaço. Uma grande multidão, nesse dia de Julho de 1977, afluiu aos Eatons, por ser novidade e, também, pela beleza da própria arquitetura do edifício.
Mas, o que mais impressionou foi o facto de, numa noite de festa no First Portuguese Canadian Club, ter sido aplaudido pelos presentes quando o meu querido amigo João Lúcio, jornalista (correspondente de "A Bola") e poeta brilhante, oriundo de Setúbal e emigrado para o Canadá com toda a sua família, ter solicitado aos presentes uma salva de palmas, depois do elogio que ele próprio me teceu. Óbvio que tive agradecer. Idêntico ato se passou no Lusitânia de Toronto na noite seguinte. Tudo isso se seguiu, é bom esclarecer e colocar a verdade à tona, após a recepção no Sport Club Angrense Of Toronto, onde nessa noite, no aniversario do clube, fui "orador" de improviso (apenas umas palavras de circunstância, alusivas à nossa presença e ao aniversario do clube), uma vez que me apanharam de surpresa. Mas são estas coisas que nos deixam satisfeitos e felizes, para mais estando no seio de conterrâneos. 
PS - Nessa altura não estava em A União, mas todas as minhas crônicas foram canalizadas para este jornal, num acordo feito entre a direção do Sport Clube Angrense de então e a redação deste matutino (na altura vespertino), para mais que o Angrense levou consigo um jornal, todo feito por mim, com mais de 20 páginas, e que foi composto e impresso nas oficinas da União Gráfica Angrense.
Newport onde a família Kennedy passava férias
Reportagens feitas na Académica de Fall River

                                                                              

POSTS RELACIONADOS:
Enviar um comentário

Comentários