Da minha mesa de trabalho - Natal uma cidade onde vale a pena viver

DO TEXTO:


Por: Carlos Alberto Alves
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Para um terceirense/lisboeta, nascido e criado no centro de uma cidade antiga e pacata, de ruas estreitas, casario antigo, com tendas de sapateiro, barbeiro, marceneiros e latoeiros em vários sítios da velha cidade de Angra do Heroísmo, onde se via, “vizinhas a solicitar a outras”, por empréstimo, um “raminho de salsa ou uma cebola” – quando, hoje, nos grandes centros, e nos prédios existentes, com diversos apartamentos, os inúmeros moradores, pouco se conhecem e convivem entre si – passar a viver num universo fantástico de construções modernas, avenidas, ruas largas e espaços verdes, é asilar-se da sua substância. Na periferia das antigas cidades foram construídos blocos modernos de apartamentos, onde, embora bem acabados, só há solidões, vazios, silêncios sepulcrais, ventanias enregelantes, “autênticos dormitórios”, contrariando a tradicional forma de viver das velhas cidades como, por exemplo, Angra do Heroísmo, onde me nasceram os dentes, sentindo, por isso, estar fora de mim. Apesar de se contemplar o mar, não é a cidade tão conhecida universalmente. Mas era uma cidade (ao menos para mim), com ruas, com lojas, cafés, tascos, quiosques. Passeios com gentes a cruzar-se, saudar-se e conversar. Aromas, cheiros e ruídos das lojas. Falares e vozeares na partilha dos espaços comuns. Homens de profissões típicas, cauteleiros, vendedores ambulantes e até penduras. Pedintes existem em minoria. Uma cidade são varandas com flores, granitos lavados, anúncios, letreiros, cartazes, trânsito. Tudo isso existe. Como diria o poeta, “tudo isto existe, tudo isto é fado”. Falo apenas por conhecimento de outras cidades próximas desta onde me encontro neste Brasil, uma vez que tive a sorte de passar a viver numa cidade moderna, é certo, mas com todos os condimentos desejados – virada para o mar – grande, florida, moderna, populosa, com jardins, praças bem traçadas, redes de autocarros para diversos sítios, embora sem metrô. Centro Comercial (Plaza) e diversos Hipermercados. Inúmeras pessoas a circularem nas ruas durante todas as horas do dia. Comércio florescente e volumoso. Natal é, na verdade, uma cidade onde vale a pena viver. Por ser grande, possui na sua periferia vários dos já falados “espaços fantasmas”. E, na escala do Brasil, consta que é das melhores.

Nota final – Nos meus contatos com pessoas amigas, sempre fui descobrindo que também em Natal temos muitos fãs do Rei Roberto Carlos. E outra coisa não era de esperar. Em cada cidade brasileira – e não só – se espalha o perfume do nosso King. E em Natal temos também O Bar Clube Fãs de Roberto Carlos, do qual já falamos neste Portal Luso – Brasileiro Splish Splash.




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Comentários

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    1. Quando leio comentários deste género vindos do patrãozinho, é aumento de salário garantido. Sem espinhas... UM abraço e obrigado.

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