Natural de
Angra do Heroísmo, ilha Terceira Açores, Portugal, filho de um grande amigo meu
já falecido, Henrique Brum, o personagem de que vou aqui falar, batizado por
Carlos Henrique Brum, foi meu jogador nos juvenis do Lusitânia. Era
voluntarioso, guerreiro (aos 15-16 anos), mas por vezes eu dizia-lhe que “tinha
os pés à banda”, nem o Miranda, para rimar. Gostava muito de uma sacanagem,
corolário de ser extrovertido e muito brincalhão com o “mister” (ainda hoje me
chama assim) e com os seus colegas. Mas sempre com um coração de ouro, este
amigo que hoje é empresário e vive em Lagos – Algarve.
Inteligente
q.b., como é conhecido, seguiu a sua vida por terras continentais e
inclusivamente pelo estrangeiro. Um aventureiro por excelência, mas sempre na
procura do seu melhor. E também do melhor que tinha passava para os amigos,
isto é, a amizade sincera. Hoje, tem mulher e filhos que o apoiam nesta
encruzilhada que consiste em acompanhar a Seleção de Portugal. Creio que já
merecia por parte da Federação Portuguesa de Futebol, um DIPLOMA DE MÉRITO. Mas
isso pouco conta para os dirigentes federativos, muitos dos quais não conhecem
o que Carlos Brum já palmilhou ao lado da seleção portuguesa, ele que foi, com
mais alguns parceiros, o fundador da claque Tugalusa, que tem dado brado como
aconteceu agora em França. Esse “maluco” é mesmo daqueles do... “ou vai, ou
racha”.
O primeiro
jogo que assistiu foi em 1992 na Alemanha para o apuramento do Mundial do
México. E a partir daí nunca mais falhou jogos da seleção portuguesa.
Vejamos os países
que o Carlos Brum esteve com a nossa seleção, sem ser por ordem cronológica:
África do
Sul, Brasil, França, Coreia, Holanda, Bélgica Alemanha, Ucrânia, Suíça,
Áustria.
No que concerne ao Mundial da África do Sul, disputado em 2010, Carlos
Brum e um grupo de amigos seguiram em duas carrinhas, primeiro a de cor branca
e depois a famigerada amarela que se tornou conhecida por esse mundo afora,
corolário das muitas reportagens televisivas que foram feitas em redor dos
Tugalusas. E vejam o que eles percorreram para chegarem à África do Sul:
Marselha, Tunísia, Líbia, Egito, Etiópia, Quênia, Tanzânia, Moçambique. Desta
ex-província portuguesa até à África do Sul. Mas, curiosa e infelizmente, foram
assaltados em Moçambique. Mas os Tugalusas não desistiram da sua caminhada com
o fito de, mais uma vez, apoiarem a seleção de todos nós.
Hoje por hoje, os Tugalusas, com Carlos Brum a “orquestrar” de forma
brilhante, já são uma referência nacional. E em França, recentemente, assim
corroboraram.
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