Neste Dia Internacional da Mulher

DO TEXTO:



Por: Carlos Alberto Alves
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Temos o defeito (é isso mesmo) de, amiudadamente, dizer que as mulheres são muito chatas. Enfim, o habitual dos que querem ser os “machos da ordem”. Mas não é bem assim. Homens e mulheres têm defeitos, ninguém poderá dizer que não os tem. É certo que, neste caso, uns mais do que outros, umas mais do que outras. É por de mais axiomático. Mas, não nos podemos esquecer que, atrás de um homem, está uma grande mulher. E a verdade, nua e crua, é que não podemos passar sem elas.

Ora, hoje é DIA INTERNACIONAL DA MULHER, sempre festejado pelas mulheres dos quatro cantos do mundo. Hoje, neste dia, não podemos esquecer todas as mulheres que nos rodeiam neste Portal Luso – Brasileiro Splish Splash e também nas páginas a que estamos intrinsecamente ligados no facebook. São muitas e muitas que compartilham as nossas postagens, que fazem comentários que, circunstancialmente, são muito apreciados. Como sempre diz um amigo meu, nada melhor do que um “comentário com perfume de mulher”. Concordamos em absoluto com esta frase deste velho amigo, homem experiente na vida e, como tal, verdadeiro arauto do respeito que se deve ter pela mulher.

Neste Dia Internacional da Mulher, flores para todas as mulheres que nos acompanham nesta encruzilhada jornalística e não só. Que Deus sempre as proteja.

Vejamos o que escrevi sobre este tema no dia 9 de março de 2011 no Portal Splish Splash:

Dia Internacional da Mulher e pouco escrevi sobre a mulher em todo o seu âmago. Apenas limitei-me, para ligar o fio à meada no que concerne ao conteúdo da matéria que pretendi desenvolver, a falar de Inês de Castro. Hoje, porém, e porque todos os dias é DIA DA MULHER, o tema é mesmo este: o respeito pelas mulheres.

A discriminação de género é um fenómeno que se manifesta por expressões como esta: vai ser difícil, porque é mulher! Isso só acontece, porque ser uma mulher! Os cientistas sociais designam essa forma de entendimento da realidade, de estereótipos. Construções mentais, que classificam, rotulam e limitam a definição de uma realidade, com base em pressupostos que não se verificam, mas que contém uma carga histórica. “Sempre foi assim”, “não é de esperar outra coisa”, são outras tantas máximas que consolidam os estereótipos e impedem de ver e esperar mais de uma determinada realidade. Afinal, as mulheres estão tão sobrecarregadas com o cuidado aos filhos e com as tarefas domésticas, que não se pode delas esperar uma apetência ou disponibilidade para cargos de chefia e até se compreende que sejam menos assíduas, porque acompanham as crianças ao médico, esclarecem dúvidas com os professores da escola e estão sempre alerta para as necessidades da família. Apetece perguntar-vos. Quando leram este parágrafo anterior, não encontraram nada que “não batesse certo”? Onde está a armadilha deste discurso? A mulher até pode ter um desempenho diferente, liderar um negócio, ser membro de uma associação de voluntários, estar inscrita numa pós-graduação ou acolher um parente idoso em casa. Mas nada disso é feito, em vez de ou em parceria com, mas sempre para além, da casa, dos filhos, das compras e da gestão doméstica. A discriminação que pesa sobre as mulheres, não é apenas aquela que lhes retira oportunidades, que lhes paga menos salário ou que as trata como objetos de satisfação sexual, mas também transparece no discurso habitual de quem assume, como ponto de partida, que a mulher deve carregar todas as dores da sua casa e da sua família e só depois preocupar-se com o mundo fora de portas. Enquanto esta visão perdurar, o que significa dizer, enquanto a família não for um espaço de partilha, onde se aprende o sentido da democracia e do respeito pela individualidade enquanto na família não se promover o desenvolvimento, as competências e os talentos de todos e de cada um, então as mulheres continuarão a ser discriminadas. Não se trata de inverter papéis. As mulheres não negam a felicidade que advém da maternidade, da relação com os filhos ou do gosto com que participam na construção do bem-estar familiar. Mas reconhecem que o domínio da família e da casa deve ser um espaço de cooperação, de interdependência, onde todos se sintam co-responsáveis. Só dessa forma, as mulheres poderão, em parceria com os homens, participar na vida pública, no mundo dos negócios, na assumpção de cargos de chefia, na vida política sem que lhes perguntem, Como é que podes estar aqui! E os teus filhos, com quem os deixaste? No dia em que fizerem a mesma pergunta a um empresário ou a um político, homem, que se reúne ao serão ou tem de viajar, por razões profissionais, então poderemos afirmar que conseguimos combater parte da discriminação que ainda hoje algumas pessoas vivem, por serem mulheres.

NOTA FINAL – Chegou ao meu conhecimento que nesta quarta-feira de cinzas, um grupo de mulheres, algumas minhas amigas e outras conhecidas, estarão presentes num almoço para celebrar esse DIA INTERNACIONAL DA MULHER. Juntas e sem a presença do sexo masculino, a não serem os “garçons” do restaurante e os clientes que por lá passarem. Isto significa que algumas 
dispensaram os maridos e/ou namorados, dependendo aqui da situação de cada uma. Que sejam felizes e que continuem com esse espírito de celebração. Mulheres, mulheres, mulheres, vocês são a primeira maravilha do mundo. Deus as abençoe e tenham um bom almoço.



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