O que seria um sonho para um fã de Erasmo, finalmente aconteceu. O Tremendão resolveu resgatar suas canções menos conhecidas do grande público, em show para nenhum rocker botar defeito.
Ou seja, os hits ficaram em segundo plano, dando a chance dos fãs ouvirem pérolas de discos como Carlos, Erasmo (1971), Projeto Salva Terra (1974) e Sonhos e Memórias (1972).
Na época, Erasmo fundiu de forma genial psicodelia, rock, soul e até samba. Porém, a maioria virou raridade e obscuridade, fora das rádios e TVs. Mas a redescoberta veio com o tempo e hoje em dia seus LPs são caçados em lojas e sebos.
Para festejar essa fase, nesta sexta-feira (24), o cantor de 73 anos registrou o DVD Meus Lados B, no Tom Jazz. Com o característico jeans, o Tremendão entrou no palco às 22h30 e ligou a "máquina do tempo", indo direto para a época de ouro do rock.
Bem humorado e contando várias histórias sobre as composições, Erasmo desfilou músicas incríveis com Gente Aberta, Paralelas (de Belchior), Grilos, Estou 10 Anos Atrasado, Cachaça Mecânica, Dois Animais na Selva Suja da Rua, É Preciso Dar um Jeito, Meu Amigo e 1990 – Projeto Salva-terra.
Em De Noite na Cama, de Caetano Veloso, o rocker mostrou que também é bom na mistura de rock com samba.
Já Vou Ficar Nu pra Chamar sua Atenção, presente no filme Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa, relembrou uma das melhores baladas da dupla Roberto e Erasmo.
Outro destaque foi a polêmica canção Maria Joana (Mary Jane é um dos apelidos para maconha), com letra que retrata uma viagem sob o efeito do cigarrinho de Bob Marley: "Eu sei que na vida tudo passa/ O amor/ Vem como nuvem de fumaça..." Segundo Erasmo disse antes de executar a música, "Foi apenas uma inspiração, mas barra pesou!"
Um show histórico e que poderia servir de ideia para outros cantores brasileiros.
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