Os dias não são todos iguais e consequentemente os nossos neurónios variam consoante o dia e a hora.
Hoje, o proprietário do Bar que costumo frequentar durante o intervalo de almoço, notou que eu não estava nos meus dias, habituado que sempre está a ver-me com um sorriso nos lábios, senão mesmo a rir-me a bandeiras despregadas como se fizesse um anúncio publicitário a qualquer dentifrício, pese embora a minha arruinada e desfalcada dentadura prejudicada por certas limitações de natureza biológica, não ser a mais indicada para o efeito, mas enfim…
O que é que você tem? Conte pra mim. Não quero ver você triste assim!... – exclamou o dono do bar dirigindo-se a mim com uma bandeja, da qual retirou uma chávena de café fumegante que eu havia pedido para aquecer o meu ego, entretanto já desperto com a surpreendente e robertocarlística frase que acabava de ouvir.
Não tenho nada. – disse eu, sentindo-me observado sei lá por quantos pares de olhos que naquele momento se encontravam no Bar. “Um pouco cansado por causa do trabalho. Só isso.” – concluí.
Já sei o que é que o punha em forma. Era ouvir agora uma do Roberto! – respondeu ele ironicamente, enquanto levantava a chávena de café que eu havia bebido em três tempos.
É isso, aí! Há dias de manhã que um indivíduo à tarde nunca deve sair de casa à noite! Se ao menos a música de fundo deste bar fosse condigna, ou seja, do Roberto Carlos, outro galo cantaria. Só que, infelizmente, já não se fazem bares como antigamente. – retorqui, aproveitando a deixa.
Resposta imediata do dono do bar: - Você é o cliente mais exigente que eu tenho, sabia? Por sua causa até já tive que encomendar chávenas de café com a asa para o lado esquerdo e agora, como se não bastasse, ainda vem exigir música de fundo do Roberto Carlos? Ainda se ao menos você me oferecesse um CD dele!...”.
Não seja por isso, carago! – disse eu já com um trunfo na manga. - Em vez de um até lhe ofereço dois ou mais CDs do Rei, desde que façamos aqui e agora um contrato.
Qual contrato, carago?! – questionou o dono do bar, quiçá imaginando ter que entrar pela madeira dentro, que o mesmo é dizer puxar os cordões à bolsa.
Um contrato simples e isento de expressão pecuniária. – esclareci, acrescentando: - Ofereço-lhe três CDs do Roberto e você compromete-se a que, sempre que eu vier aqui, só se ouça música do RC. Vamos nessa?
Passados uns segundos de reflexão, o dono do bar estendeu-me a sua mão direita que eu apertei selando assim tão precioso contrato, tendo como testemunhas os restantes clientes do bar espantados com tal acordo. Uns, se calhar, magicando: “Tou tramado”. Lá vou eu ter que gramar robertada à hora do almoço! E outros, pensando: “Até que enfim se vai ouvir neste bar música de jeito!”.
E, a propósito de jeito, quem sabe se com um jeitinho aquele espaço irá um dia ser conhecido pelo Barazul, fazendo concorrência atlântica à celebérrima Salazul do Carlyle! Afinal, tudo depende de um bom contrato.
É que, ouvir Roberto Carlos é como o amor, quanto mais melhor!
Tudo que diz respeito ao Roberto e suas músicas me interessa e vindo de um amigo que fiz a tão pouco tempo e que me parece uma pessoa muito querida nesse portal melhor ainda.
CLAUDIOPAZ escreveu em 25/8/2007
Eu sempre quando vou a qualquer lugar, se eu ouvir falar que alguém não gosta do nosso amado Roberto Carlos, eu saio e não volto mais nesse lugar. Porque quem não gosta de Roberto Carlos, não vai gostar de mim.
Gostei da proposta feita ao dono do bar. Você é uma brasa, bicho! Nota 10 pra você.
AZUL41 escreveu em 15/5/2007
Sobre este comentário fantástico e não só, (porque que tiveste bons resultados), eu também digo que é pena não haver desses cafés mais perto de nós. Já viste o bem que sabe um café ouvindo Roberto Carlos ainda por cima? Parabéns! Gostei muito, desse jeito tão especial que tu tens de escrever.
ANGELANEVES escreveu em 22/2/2007
Maravilhosa a comparação que o amigo fez com Roberto Carlos. Somente pessoas especiais pensam como nós...
CHEIRO escreveu em 6/1/2007
Ouvir Roberto Carlos é viver grandes momentos, pois cada gesto de amor partilhado connosco é um tijolo com o qual estamos construindo a nossa moradia na eternidade.
CHRISTALY escreveu em 23/1/2006
Eu só queria levar todos vocês para o alto da montanha; abrir um Portal e cantar com o Rei loving you.
CAEBACELAR escreveu em 19/1/2006
Que definição perfeita, que comparação inspirada.... Roberto Carlos forever... Amar também.
ROLAU escreveu em 14/1/2006
Armindo: deveria existir em cada cidade de cada país uma pessoa que divulgasse cada vez mais o nosso Rei. É por isso que lhe admiro. Amor é a maior palavra que existe no mundo e Roberto Carlos é sinónimo de amor.
GILSONINTERNET escreveu em 6/1/2006
Ouvir Roberto Carlos, é como se embriagar de Amor!
CMARLEY escreveu em 3/1/2006
Nobre colega, Estais sempre alerta na divulgação do nosso maior artista de todos os tempos. É isso aí.
TINAGASPAR escreveu em 30/12/2005
Que pena esse bar ser no Porto, se fosse aqui mais perto de Leiria, eu ia lá a toda a hora. Só você Amigo Mindo…
IATREVER escreveu em 29/12/2005
É um verdadeiro prazer ler os artigos do meu amigo Armindo. Tem muita qualidade na forma e muita sensibilidade no fundo. É magnífica essa expressão que adjunta onde disse que ouvir Roberto Carlos é como o amor, quanto mais melhor. É verdade!
PILATTIS escreveu em 27/12/2005
A boa e velha "doença crónica". Abraços!
EDGAR escreveu em 26/12/2005
Amigo, que maravilha. Se bombear até nossos corações são azuis. Ouvir Roberto Carlos é um vício do qual não quero ser curado nunca, até porque isso não tem cura.
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