28.º Bate-papo entre Roberto Carlos e eu – De Jorge Amado a Pessoa

DO TEXTO: Ouvi dizer que o senhor é fã daquele cantor brasileiro chamado Roberto Carlos e que até costuma ter bate-papo com ele. É verdade?
Composição:  Jorge Amado, Roberto Carlos, maestro Eduardo Lages, Fernando Pessoa, Tom Cavalcanti, Roberto Leal, Gil Melândia e Armindo Guimarães.

 
 

DE JORGE AMADO A PESSOA

 
 
Por: Armindo Guimarães



“Às vezes as mentiras também ajudam a viver”
Roberto Carlos Braga
 
 

11 de Fevereiro de 2009, quarta-feira, 23,34h
O meu telemóvel toca.
(música E por isso estou aqui do CD “Inesquecível” do maestro Eduardo Lages).
Chamada anónima.
E eu atendo.

ARMINDO – Estou?!
? – Boa noite! É o senhor Armindo?
ARMINDO – Armindo, sim. Senhor, não! Mas quem é que fala?
? – Ouvi dizer que o senhor é fã daquele cantor brasileiro chamado Roberto Carlos e que até costuma ter bate-papo com ele. É verdade?
ARMINDO – Sim, é verdade, mas quem lhe deu o número do meu telemóvel?
? – Eu estava a falar com um amigo que o conhece e como minha esposa também é fã do Roberto Carlos talvez você saiba dizer-me quando é que ele vem a Portugal actuar pois ela já não o vê desde a última vez que ele cá esteve em 2006.
ARMINDO – Ó amigo, isso também eu gostaria de saber, carago!
? – Mas se você é “tu cá, tu lá”, com ele, como é que ainda não conseguiu saber uma coisa tão importante?
ARMINDO – Como é que eu lhe posso dizer quando o Roberto vem a Portugal, se nem ele próprio sabe?
? – Eu estou a ver é que você deve bater papo com ele só na sua imaginação e por isso anda mas é a enganar toda a gente.
ARMINDO – Você telefonou-me para me chatear, foi?
ROBERTO – Olhe aí, cara! Não precisa se enervar, não! Cê afinal não é assim tão calmo como eu pensava, mora! Eheheheheh
ARMINDO – Fod…! Ó Berto, conseguiste enganar-me com uma pinta do carago, pá! Mas olha que hoje não é dia dos enganos, pá! Eheheheheh
ROBERTO – Bicho, a ideia foi do Edu que está aqui a meu lado se rindo demais. Eheheheheh
ARMINDO – Foi o Eduardo Lages que te disse para me telefonares com sotaque portuga? Ehehehehe Mas olha que te saíste muito bem, pá! De facto eu estava a notar qualquer coisa na pronúncia mas até pensei que fosse um alentejano a falar. Eheheheheh
ROBERTO – ehehehehe Como cê tá, rapaz?
ARMINDO – Agora está tudo bem, mas antes estava tudo muito mal pois andava lixado contigo por nunca mais me teres telefonado desde o dia 20 de Agosto do ano passado.
ROBERTO – Bicho, a última vez que falamos não foi em 20 de Agosto, mas sim no dia 7 de Dezembro. Se lembra daquela bagunçada que fez interromper meu ensaio com todo mundo dentro do WC por culpa do Paulinho que ao invés de empurrar, estava puxando a porta que nunca mais se abria? Eheheheheh
ARMINDO – Certo. Mas esse foi o VI Bate-papo entre Eduardo Lages e eu, ou seja, foi o Mestre Maestro que me telefonou e não tu.
ROBERTO – Puxa vida! Cê tá sendo exigente demais, mora! Nenhum fã recebe telefonema meu como você e ainda por cima você se lamenta, exigindo de mim? Se acalme, Edu? Espere sua vez de falar com o Mindo, carago, digo, caramba! Cê nunca está assim tão apressado para iniciar nossos ensaios, mora!
ARMINDO – Ó Berto, tem calma, pá! Afinal, se não fosse o Edu tu não estavas agora a falar comigo, por isso…
ROBERTO – Por isso, se deixe também de estar sempre defendendo o Edu, bicho! Cês estão sempre os dois feitos contra mim, mora! Vou passar o celular pró Edu, viu?! Edu, pegue aí em meu celular mas não preciso dizer pra você que não é pra estar um tempão batendo papo, né?!
? – Então, pá! Afinal sempre é verdade que bates papo telefónico com o Roberto, carago! Podias aproveitar e perguntar ao gajo quando é que ele vai actuar em Portugal. Eu no teu lugar já tinha feito essa pergunta…
ARMINDO – Ó Berto, aprendeste a falar portuga e agora não queres outra! És um gajo do carago, pá! Passa mas é o celular ao Eduardo Lages e deixa-te de imitações.
? – Ó pá, não estás a falar com o Roberto. Estás a falar com um portuga que te vai contar uma anedota sobre portugas. Está bem?
ARMINDO – Obrigado mas para isso já temos os brasucas que passam a vida a contar anedotas sobre portugas. Além disso…
EDUARDO LAGES – Oi, Armindo! Como vai você?
ARMINDO – Olá, Mestre Maestro! Que maravilha! Eu já tinha perdido as esperanças de que este bate-papo acontecesse durante o cruzeiro Emoções em Alto Mar.
EDUARDO LAGES – Olhe aí, Armindo! Você se lembra que lá em meu blogue, há dois dias atrás você escreveu lá um comentário me pedindo o seguinte: “quando o Roberto estiver a apanhar banhos de sol na proa do navio, diga-lhe a ele que está na hora do nosso bate-papo, tá? Já estou tão cansado de esperar que até já estou sentado à beira do caminho! Depois ele que não me venha com as desculpas do costume.”
ARMINDO – Foi exactamente isso mesmo que eu escrevi no seu blogue, mas pensei que o Mestre Maestro se fosse esquecer do meu pedido.
EDUARDO LAGES – Claro que não esqueço de pedidos vindos de quem tanto prezo. Então, tudo aconteceu como você queria. Apenas com a diferença que Roberto não está apanhando banho de sol como você disse, mas está aqui comigo e com outro amigo curtindo um sorvete de chocolate. Eheheheheh
ARMINDO – Ó Mestre Maestro, diga-me uma coisa: quem é esse portuga que está aí convosco sempre a pegar comigo, carago? Eu até pensei que era o Roberto imitando um portuga a falar. Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Armindo, depois de assistirmos ao show de Tom Cavalcante imitando Roberto na figura de Tomberto Carlos, aí eu e Roberto nos lembramos de pregar uma partida a você convidando o Tom pra entrar com você numa de portuga. Eheheheheh
ROBERTO – Edu, primeiro, essa ideia foi minha e não sua. Segundo, cê não tá achando que já tá demorando tempo demais batendo papo com o Mindo? Puxa vida! É sempre assim com você: uma vez pegando no celular pra falar com o Mindo, vocês ficam grude um no outro, se esquecendo de mim, mora!
ARMINDO – Ó Berto, lá estás tu com as tuas broncas, carago! Eu e o Edu ainda mal falamos e tu até parece que estás aí com o cronómetro na mão a contar o tempo.
ROBERTO – Bicho, não esqueça que este bate-papo é meu e não do Edu, viu?
EDUARDO LAGES – Roberto, você me desculpe mas se não fosse eu lembrar você, bem que não estávamos agora batendo papo com o Armindo.
TOM CAVALCANTE – Gente, vocês me convidam pra alegrar este bate-papo com esse portuga e afinal eu me estou sentindo de fora assistindo a discussão sobre cronometragem de bate-papo? Estava a fim de contar uma anedota pro portuga e vocês me cortaram o diálogo com ele. Assim não tá dando, não!
EDUARDO LAGES – É isso aí! Roberto, vamos deixar o Tom contar pró Armindo uma anedota sobre portugas. Eheheheheh
ROBERTO – Tom, comece contando essa anedota mas não faça como Edu abusando do tempo. Tem que sobrar tempo pra mim pra eu falar com esse rapaz, mora!
ARMINDO – Ó Berto, espero ao menos que a anedota que o Tom me vai contar seja de jeito. Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Oi, Armindo! Prazer em conhecer você! Cê acha que eu rolei bem falando portuga?
ARMINDO – Olá, Tom! O prazer é todo meu, pois não esperava estar a bater papo com um dos mais célebres humoristas do Brasil que já encarnou dezenas de personagens entre as quais o famoso Tomberto Carlos. Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Armindo, você sabe porque os brasileiros contam tanta anedota sobre os portugueses?
ARMINDO – Não. Por acaso já pensei nisso, mas nunca obtive uma explicação.
TOM CAVALCANTE – Então eu vou dar pra você essa explicação. Tudo começou quando recém chegado ao Brasil está Pedro Álvares Cabral a entregar um contrato aos naturais do Novo Mundo. Então, o índio brasileiro pergunta:
- Ó Cabral, que está escrito neste contrato?
Cabral responde:
- Que nós portugueses podemos levar o ouro todo, a prata toda, e o pau-brasil que quisermos.
Diz o índio:- E nós brasileiros o que ganhamos?
Responde Cabral:- O direito de contarem anedotas sobre portugueses estúpidos nos próximos quinhentos anos.

ROBERTO - EDUARDO LAGES - ARMINDO
Eheheheheheheheheheh

ARMINDO - Nada como uma boa anedota, tanto cá como aí, sobretudo se tiver toda uma tradição a apoiá-la. Em Portugal fazemos piadas com alentejanos. No Brasil, os alentejanos somos nós. Nós, neste caso, significa sermos os gajos que se chamam Manuel ou Joaquim, que são burros, brutos e gananciosos, e estão casados com uma mulher que se chama sempre Maria e que, nas versões menos benevolentes, têm quase tanto bigode como o respectivo marido.
TOM CAVALCANTE – É mesmo como você diz. Eheheheheh
ARMINDO - É curioso que nas anedotas brasileiras os portugueses sejam retratados como gente que só quer ganhar dinheiro, seja de que forma for, quando, na realidade, a ideia que temos de nós próprios é que somos mais especialistas em esbanjá-lo. eheheheheh
TOM CAVALCANTE – eheheheheh Mas talvez a explicação para esta visão esteja numa crónica de João Melão Neto, político e jornalista brasileiro, intitulada “A última do brasileiro”.Enquanto nós ríamos das piadas do português, eles, com dedicação e esforço, iam construindo seus impérios. Foram portugueses “burros”, “ingénuos”, como António Pereira Ignácio, Valentim dos Santos Dinis, José Alves Veríssimo que erigiram alguns dos maiores grupos empresariais do Brasil. (…) Poucos os portugueses que para cá vieram, desde o inicio do século, permanecem pobres. Enquanto, sentados nos bares, rimos da última do português, o dito cujo vai rodando a manivela da sua caixa registadora, fornecendo a cachaça-combustível da espiritualidade brasileira.
ROBERTO – Olhe aí, Tom, você agora se saiu numa de perito em investigação sobre as origens das anedotas brasileiras sobre portugas, é?
TOM CAVALCANTE – Roberto, você sabe que humor é assunto sério, né?! Eheheheheh
EDUARDO LAGES – É isso aí, gente! Estou até me lembrando que essa explicação do Tom baseada em João Melão Neto se trata de um retrato da sociedade brasileira e me pergunto se a origem dessas anedotas não está precisamente nos primeiros portugueses do Brasil que não viam com bons olhos a chegada de novos (e rivais) emigrantes vindos de Portugal. eheheheheh
ROBERTO – Minha nossa! Edu, você agora também está dando uma de filosofia anedótica? Eheheheheh
ARMINDO – Bem visto, Mestre Maestro! É do baril! Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Eduardo Lages, nós bem que podíamos nos debruçar nessa problemática e até publicar livro em parceria. O que você diz da ideia?
EDUARDO LAGES – Bem, eu…
ROBERTO – Gente! Vocês me desculpem mas eu estou achando a ideia bem anedótica. Melhor dizendo, esse livro seria a anedota da anedota. Eheheheheh
ARMINDO – Ó Berto, essa foi boa, pá! Estás a ficar um critico do carago! E por falar em “ficar”, a imprensa fartou-se de espalhar aos quatro ventos que tu, durante a entrevista colectiva que deste aí no navio Costa Mágica, quando a certa altura te perguntaram se estavas “ficando” com alguém, respondeste: “Olha, eu vivo os dias actuais. Acontece o que é bom, todo mundo tem direito de curtir o que é bom”.
ROBERTO – Sim. E o que tem isso, Mindo?
ARMINDO – É que eu não sei o que significa isso de “ficar”, pá!
EDUARDO LAGES – Armindo, você não diga que o português mais brasileiro que eu conheço não sabe o que significa “ficar”!
ARMINDO – Palavra que não sei! Obrigado por essa classificação de “português mais brasileiro”, mas recordo que nesse aspecto todo o mérito tem que ir para o Roberto Leal.
TOM CAVALCANTE – É isso! Roberto Leal é o português mais brasileiro que eu conheço. Mas eu vou explicar pra você o que significa “ficar”: ficar é quando você não leva a serio um relacionamento. Você sai com a pessoa, conversa, janta fora, ou almoça, namoram em casa ou em motel, mas não tem uma pessoa certa. Por exemplo, hoje à noite, ele pode ficar com uma garota e amanhã já está ficando com outra, quer dizer não há um compromisso de fidelidade, de muita proximidade. Entende?
ARMINDO – Entendo, Tom. Nada de fidelidades e quanto a proximidades só quando fôr para irem às coisas malcriadas. Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Essa de ir às coisas malcriadas eu vou até guardar pra mim! Eheheheheh
ARMINDO – Ó Tom eu suspeitava que “ficar” era precisamente isso que disseste, mas não tinha a certeza e por isso…
ROBERTO – E por isso, não deixa de ser lamentável você fazer essa pergunta justamente na hora de batermos papo com o Tom quando você podia esperar outro bate-papo pra essas coisas, né?
EDUARDO LAGES – Roberto, você me desculpe mas o Armindo fez a pergunta a você e o Tom é que se antecipou respondendo. Por isso, não é justo que você esteja chamando a atenção pro nosso Mindo de…
ROBERTO – Edu, se deixe de cenário, digo, de cena, bicho! Você sempre com sua mania de vir em defesa do Mindo como se eu estivesse sempre contra ele, mora! Eu já devia ter aprendido que não dá pra bater papo com o Mindo estando você presente. Você sempre se comporta comigo como se estivesse dirigindo sua orquestra, se esquecendo que eu não faço parte dela mora!
TOM CAVALCANTE – Armindo, lamento que minha presença neste bate-papo esteja dando pra Roberto e Eduardo Lages se pegarem, mas você está vendo que eu não estou contribuindo pra isso, né?!
ARMINDO – Ó Tom, não te preocupes com isso, pá! Tirando hoje são sempre assim. eheheheheh Já quando foi o bate-papo em que entrou o Caetano Veloso, foi a mesma coisa. Cada um quer mostrar a sua omnipresença. Heheheheh
TOM CAVALCANTE – Armindo, essa foi na hora! Eheheheheh
ROBERTO – Edu, você ouviu o que disse nosso portuga, bicho? Nos acusando de sermos omnipresentes. Essa não! Jamais ouvi isso de um fã e não é agora que vou admitir tal adjectivo, carago, digo, caramba!
EDUARDO LAGES – Roberto, mais uma vez noto que você se enervando logo começa baralhando termos brasucas com termos portugas e isso você tem que evitar, senão…
ROBERTO – Senão o quê, Edu? Mas como você me está dando conselho a mim, quando você também cai nessa de trocadilho, dizendo carago ao invés de caramba, gajo ao invés de cara, baril ao invés de demais, e outras coisas que agora nem lembro?
TOM CAVALCANTE – Armindo, isto acontece muitas vezes com eles?
ARMINDO – Não, pá! Acontece sempre! Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Bom, estou vendo que pra humor não estou aqui fazendo falta, não! Eheheheheh
ROBERTO – Olhe aí, Tom! Se deixe de piadinha, tá?! Guarda piadinha pra seus shows e não a jogue aqui à toa, mora!
TOM CAVALCANTE – Pô, Mindo! Agora sobrou pra mim, caramba!
ARMINDO – eheheheheh É do baril!
ROBERTO – Tom, você me desculpe mas me passe aí meu celular pra falar pro Mindo uma coisa importante que agora me lembrei, carago, digo, caramba!
TOM CAVALCANTE –É pra já, Roberto!

(Chamada desligada)

Segundos depois…

O meu telemóvel toca.
(música E por isso estou aqui do novo CD “Inesquecível” do maestro Eduardo Lages).
Chamada anónima.
E eu atendo.

ARMINDO – Estou?!
ROBERTO – Oi, Mindo, você me desculpe mas a chamada se foi. A bateria de meu celular pifou e agora estou usando o celular do Edu. eheheheheh
EDUARDO LAGES – Roberto, isso significa que a partir de agora este já não é o “28.º Bate-papo entre Roberto e eu”, mas sim o “7.º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu”, pois agora está sendo através de meu celular que telefonamos pro nosso Armindo. Por isso…
ROBERTO – Edu, você não diga que quer se aproveitar de um incidente originado por falta da bateria de meu celular pra aumentar seu número de bate-papos com o Mindo, mora! Essa não dá pra acreditar, carago, digo, caramba! Deus do céu!
TOM CAVALCANTE – Eu não tô entendendo nada dessa numeração de bate-papos, mas me pergunto o que ganha Eduardo Lages com isso. Demais, eu quero lembrar pra vocês que este bate papo que estamos tendo jamais se poderá designar por “28.º Bate-papo entre Roberto e eu”, mas sim “1.º Bate-papo entre Tom Cavalcante e eu”, pois é preciso não esquecer que quando ligamos pra ele eu fui o primeiro a bater papo com o nosso Mindo imitando fala de portuga. Por isso..
ROBERTO – Olhe aí, Tom! Pare de chamar de “nosso” ao Mindo, viu?! Você mal conhece o cara e já está se referindo a ele desse jeito, mora?! E você se quer aproveitar do celular do Edu pra dizer que este bate-papo é seu?
TOM CAVALCANTE – Roberto eu só falei por você estar contra o Eduardo por ele querer que a partir do momento que estamos falando com o celular dele achar que agora este bate-papo devia ser o “7.º Bate-papo entre Eduardo Lages e eu”. E olhe que eu penso que ele tem toda razão.
ROBERTO – Você também contra mim, Tom?! Bicho, cê não conhece o Edu quando estamos batendo papo com o Mindo, senão você logo via que eu tenho razão no que digo. Edu com o Mindo, é fogo, mora! Eles são unha e carne sempre me jogando pro lado. Imagine você, que Edu botou até em seu blogue a TV Cenário respondendo a perguntas feitas pelos seus fãs. E nessa transmissão várias foram as perguntas dos fãs a que o Edu respondeu uma a uma, incluindo as duas perguntas do Mindo. Como mediador desse programa Edu até criou um apresentador virtual a que deu o nome ridículo de Eduardo Byte, se chamando Ed Byte pros amigos. Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Olhe aí, Roberto! Cê agora tá fazendo queixinha de mim pro Tom, é? Porque você não cria também um blogue pros seus fãs? Isso seria o mínimo que você poderia fazer por eles, né?!
ROBERTO – Edu, você pensa que eu tenho sua vida, bicho? Até estou imaginando meu blogue com a TV Emoções e eu dando respostinha a perguntas de meus fãs com um apresentador se chamando Roberto Byte, Rob Byte prós amigos. Eheheheheh E tem mais! Imagine, Tom, que Edu até se lembrou de criar correspondentes oficiais da TV Cenário representando Portugal e Alemanha. Demais, né?! eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Roberto você me desculpe mas eu acho bem bacana essa ideia do maestro. Isso significa que ele acompanha a evolução aplicando os meios que as novas tecnologias nos proporcionam.
ROBERTO – Pére aí, pere aí, bicho! Cê tá querendo dizer que eu estou desactualizado não acompanhando a evolução, é?
EDUARDO LAGES – eheheheheh Armindo, agora é a nossa vez de rir.
ARMINDO – É do baril! eheheheheh
ARMINDO – Ó Berto, mudando de assunto, tu não costumas usar dois celulares para emergências como esta que aconteceu da bateria do teu celular dar o berro, pá? Que é do outro celular?
ROBERTO – Rapaz, como você queria que eu tivesse comigo o outro celular se eu não estava contando telefonar pra você agora e se telefonei foi por ideia do Edu se lembrando de você durante o show do Tom?
ARMINDO – Ah! Tens razão pá! Diz então o que me querias dizer de tão importante.
ROBERTO – Bicho, se prepare pra esfregar suas mãos. Tenho uma coisa porreira, digo, bacana pra lhe dizer, mora!
ARMINDO – Já estou preparado, Berto! Conta lá, pá!
ROBERTO – Senhoras e Senhores! Próximo mês de Junho, Portugal será palco de Roberto Carlos!!!
ARMINDO – Ó Berto, essa eu já sabia, pá!
ROBERTO – Então eu aqui numa de dar pra você um estouro de notícia e você me está dizendo que já sabia? Como assim, cara? Cê não diga que foi Edu que segredou a você lhe dizendo: Armindo, vou dar uma novidade pra você em primeira-mão mas lhe peço que por enquanto não divulgue a ninguém. Próximo mês de Junho iremos a Portugal. Se prepare!
EDUARDO LAGES – Roberto, você não ponha em mim coisas que só você está dizendo. Jamais eu iria antecipar seja a quem for uma notícia que ainda não é do domínio público.
TOM CAVALCANTE – Armindo, você vai ter que me explicar o que é preciso pra entrar sempre nestes bate-papos. Aqui se ri mais do que em meus shows. Eheheheheh

EDUARDO LAGES E ARMINDO
Eheheheheheheh

ROBERTO – Olhe aí, Tom! Você não queira se meter nesta saga de bate-papos com o Mindo, viu?! Ou você quer ficar biruta de uma vez por todas?
TOM CAVALCANTE – O que você quer dizer com isso de uma vez por todas? Quer dizer que eu já sou um tanto biruta, é?

EDUARDO LAGES – ARMINDO
Eheheheheheheh

ROBERTO – Tom, cê sabe bem que eu jamais iria chamar biruta a um biruta, digo, a um jóia como você. O que eu disse foi apenas uma força de expressão, mora!
TOM CAVALCANTE – Tô entendendo!
ROBERTO – Oi, Mindo, mas me diga aí então: se não foi Edu que disse pra você de minha viagem a Portugal em Junho próximo, então como foi que você soube?
TOM CAVALCANTE – Vai nos dizer que é bruxo! Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Não é bruxo mas é mágico! Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Mágico? Como assim? Me conte aí, maestro!
ROBERTO – Tom, você me desculpe mas essa sua pergunta melhor será voltar a fazê-la em outra ocasião. Tá ficando tarde pra burro e eu quero saber como o Mindo sabe uma coisa que ainda está no segredo dos deuses, mora!
TOM CAVALCANTE – Será que o nosso Mindo é um desses deuses? Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Boa nota, Tom! Eheheheheh
ROBERTO – eheheheheh Tom, eu me estou rindo, mas mais uma vez não gostei dessa sua saída de “nosso Mindo”. Você tá falando com ele pela primeira vez e já está insistindo em chamar ele de “nosso”. Não se está precipitando, mora?!
ARMINDO – eheheheheh É do baril!
EDUARDO LAGES – Ainda bem que agora a festa não é comigo! Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Roberto, eu me estou afeiçoando ao cara e por isso…
ROBERTO – Tom, tenha paciência bicho! Não se deixe entusiasmar demais pra não se arrepender depois, tá?
TOM CAVALCANTE – Arrepender? Como assim?
ROBERTO – Esse gajo, digo, esse cara, é porreiro, digo bacana, mas é grude. Uma vez apanhando a gente nunca mais descola, bicho! Depois não diga que eu não avisei você, cara!
EDUARDO LAGES – eheheheheh É do baril, digo, é demais!
ARMINDO – Ó Berto, lá estás tu com as tuas manias, carago! Olha, para amenizar a coisa, sabes o que eu estou a pensar que podíamos fazer agora?
ROBERTO – Tá vendo, Tom! Cê vai ver que não vai sair coisa boa!
ARMINDO – Ó Berto, a propósito do Roberto Leal, lembrei-me que podíamos cantar os quatro aquela música “De Jorge Amado a Pessoa”. É 5 estrelas, pá!
TOM CAVALCANTE – Puxa vida! Tô vendo que estes bate-papos são emocionantes demais. Até mete música! E essa do Roberto Leal eu sei todinha!
ROBERTO – Tá vendo, Tom? Isso é o que acontece quando a gente cai em telefonar pra esse portuga sempre se lembrando de coisas. Edu você sabe a letra dessa música, bicho?
EDUARDO LAGES – Essa eu não sei, não!
ROBERTO – Eu também não sei essa letra. Então o jeito é nos assistirmos ouvindo Tom e Mindo cantarem pra nós. Eheheheheh
EDUARDO LAGES - eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Roberto, mas me diga uma coisa: como vamos cantar sem música?
ARMINDO – Ó Tom não há problema, pá! Eu ponho aqui a música com o som alto pra vocês ouvirem. Tu acompanhas-me e o Roberto e o Eduardo fazem coro no refrão. Eheheheheh
ROBERTO – Edu, eu bem tentei que nós ficássemos de fora, mas no fundo eu sabia que ia sobrar pra nós, mora!
EDUARDO LAGES – Roberto, bem que eu até estou com curiosidade de saber o efeito desta experiência.
ROBERTO – Edu, você não diga que já está pensando incluir essa música do Leal em seu próximo CD. Eheheheheh
EDUARDO LAGES – Nunca se sabe, né? Eheheheheh
TOM CAVALCANTE – Quando começamos, gente?
EDUARDO LAGES – Se acalme, Tom! Como vamos, eu e Roberto acompanhar vocês no refrão, se não sabemos a letra?
ROBERTO – É isso! Mindo, diga aí pra gente como é o refrão, cara!
ARMINDO – O refrão é simples, pá!

Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
ROBERTO – Morou, bicho!
EDUARDO LAGES – Vamos nessa!

TOM CAVALCANTE - ARMINDO
Brasil, tu és tão lindo, és filho de Portugal
Nascido em Porto Seguro nas caravelas de Cabral
Me leva, vê se me leva e eu vou, sorrindo à toa
Eu tô que tô, eu vou que vou da Bahia até Lisboa
Eu tô que tô, eu vou que vou de Jorge Amado a Pessoa

TODOS NO REFRÃO
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval

TOM CAVALCANTE – ARMINDO
Há festa na Mouraria e canta forte o pelourinho
É tudo a mesma alegria cravo e canela ou rosmaninho
Me leva, vê se me leva e eu vou, sorrindo à toa
Eu tô que tô, eu vou que vou cantar até que a voz me doa
Eu tô que tô, eu vou que vou de Jorge Amado a Pessoa

TODOS NO REFRÃO
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval

TOM CAVALCANTE – ARMINDO
Lisboa é de Santo Antônio o Porto é de São João
Bahia é de todos os santos e a fé é do meu coração
Senhora de Aparecida é Fátima quem me abençoa
Eu tô que tô, eu vou que vou de Itapoã a Madragoa
Eu tô que tô, eu vou que vou de Jorge Amado a Pessoa

TODOS NO REFRÃO
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval

ROBERTO – Mindo, tá na hora de darmos o fora, bicho! Publique logo, logo, este nosso bate-papo, morou?! Vai ser do baril, digo, demais!
TOM CAVALCANTE – Publicar este nosso bate-papo? Não tô entendendo, Roberto!
EDUARDO LAGES – Foi isso que você ouviu, Tom. O Armindo sempre publica nossos bate-papos…
TOM CAVALCANTE – Eu nem quero acreditar que isso é verdade, gente! Não por mim, é claro, mas me admiro por Roberto autorizar que todo mundo fique sabendo de tudo quanto aqui falamos. E tem mais! Como o nosso Mindo vai guardar em sua memória tanta coisa que falamos?
ROBERTO – Aí você tem razão. Em se tratando dum portuga, como é possível ele guardar na memória tanta coisa? Eheheheheh Mas você desconhece que o Mindo sempre se previne em nossos bate-papos com seu gravador de bate-papos. eheheheheh
ARMINDO – Ó Berto, vai-te lixar, pá! Lá estás tu com as tuas piadinhas secas, carago! Queres tirar o lugar ao Tom, é?

TOM CAVALCANTE – EDUARDO LAGES – ROBERTO
Eheheheheheheheh

ROBERTO – Pessoal, chegou a hora de nos despirmos, digo, de nos despedirmos!
TOM CAVALCANTE – Despirmos ao invés de despedirmos? Eheheheheh Mais uma pra minha colecção! Eheheheheh Mindo, adorei nosso bate-papo, rapaz! Fico esperando pelo próximo, viu?! Grande abraço pra você!
EDUARDO LAGES – Armindo, aquele abraço pra você e pra toda a galera eduardolageana e robertocarleana.
TOM CAVALCANTE – Eduardolageana e Robertocarleana? Tô vendo que aqui se aprende muito! Eheheheheh
ROBERTO – Mindo, um abração pra você e pra toda a malta, digo, galera!
ARMINDO – Grande abraço pra vocês! Foi fixe pra carago este bate-papo! Ó Roberto, para acabarmos em grande vamos cantar todos o refrão?
ROBERTO – Vamos nessa, gente!

TODOS NO REFRÃO
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval

ROBERTO – Mindo, quando publicar este nosso bate-papo não esqueça de colocar a frase do costume, dizendo que tudo é fictício, mora!
EDUARDO LAGES - Roberto, quando a gente se deixa dessa do fictício? Cê não sabe que há muito que todo mundo já topou que nossos bate-papos são verídicos? Não tá dando mais disfarçar, não!
TOM CALVACANTE - Do que vocês estão falando?
ROBERTO - Bicho, não comece esquentando fazendo perguntinha, tá? Deixe isso com a gente, mora! Pessoal, vamos outra vez no refrão!

TODOS NO REFRÃO
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval
Eu vou levar axé pra Portugal
E no Brasil eu vou virar no Carnaval


AVISO:
O texto que acabaram de ler é fictício.
Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.


A ficção revela verdades que a realidade omite
Jassemin West

Roberto Leal e Gilmelândia - De Jorge Amado a Pessoa

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