Festival de Julho na Vila da Calheta com a presença de Dina

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Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com


A vila da Calheta, em São Jorge, acolhe, entre 21 e 24 deste mês, mais uma edição do Festival de Julho, estando prevista muita música ao longo dos quatro dias de festa.


A abertura oficial do Festival de Julho está marcada para as 20h00 do dia 21, após o que tem lugar um desfile de filarmónicas, um concerto pela Filarmónica Recreio dos Lavradores, as atuações do Grupo Farol Dance e da banda Alesys e um espetáculo de hip-hop.

O dia 22, atuam o Grupo Etnográfico da Beira, o grupo de dança N&L e o grupo Quinta Tribu, havendo também um desfile de moda e uma comédia musical com João de Melo. No mesmo dia, é ainda lançado o livro "Histórias Intrometidas no Romance A Paixão segundo João Mateus", de Norberto Ávila.

Para o dia 23 está agendada a iniciativa "À Descoberta da Calheta, por terra e por mar", um passeio pedestre pelo trilho Biscoitos - Caminho da Fonte - Caminho da Atalhada - Fajã Grande. À noite uma das atrações será a artista Dina, vencedora do Festival da Canção de 1992, estando também prevista animação com o Grupo de Chamarritas das Angústias, no Faial, o concerto de música clássica "Os Amigos do Triângulo", com Vitor Ávila (trompete), Léa Roussel (piano) e Marla Monteiro (soprano), e a atuação d' "Os Severinos". Há ainda marchas populares, bem como um desfile de moda, uma demonstração de step e combat e "Ritmos light/step performance".

No último dia dos festejos tem lugar uma palestra sobre "O Desporto e a Obesidade", passeios de barco pela costa sul e no canal, uma demonstração de Trial 4x4 e slide. Do programa deste dia consta igualmente uma largada de touros e uma tourada à corda, sendo a noite preenchida com cantoria ao desafio e as atuações da Orquestra Ligeira da Associação Cultural das Velas e do grupo de música popular portuguesa Tributo.

Durante o Festival de Julho estarão ainda patentes ao público diversas exposições.

NOTA FINAL – Tive o privilégio de ter sido convidado para o Primeiro Festival de Julho (remonta ao ano de 1989, por aí), pelo então presidente da edilidade, José Leovegildo, festival esse que decorreu por um período de oito dias (ainda não se falava em crise acentuada) e que foi bastante concorrido com forasteiros vindos das ilhas Terceira, Pico, Faial e Graciosa.
Porque trabalhava todos os dias para a edição do jornal do dia seguinte, a meio fiz uma entrevista ao presidente da Câmara Municipal da Calheta que, numa mudança brusca de assunto, mandou umas farpas para o presidente da Câmara Municipal das Velas, o meu bom amigo Maciel. Ora, muito embora tenha sido convidado pela Calheta, moralmente, e por uma questão de ética jornalística, no dia seguinte lancei-me para as Velas para entrevistar o Maciel que, com aquele seu sorriso peculiar, nos recebeu assim: “já sei que fui atacado pelo meu rival da Calheta”. É que, na verdade, a rivalidade entre velenses e calhetenses sempre existiu, para mais quando se tratava de opções políticas adversas, como foi o caso. Calheta PSD e Velas PS. E eu metido no meio do fogo, mas, como sempre fui um bom “bombeiro”, apaguei o incêndio rapidamente.

Dina - Amor de água fresca




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1 Comentários

Comentários

  1. Caro amigo Sr. Carlos Alberto Alves
    Por indicação de um amigo meu, cheguei a esta página e recordei, com muito gosto, a sua participação na primeira edição do Festival de Julho, em 1990. Era eu, então, o responsável pela área cultural da autarquia.
    Ainda hoje nos lembramos do excelente trabalho jornalístico que o senhor desenvolveu sobre o desporto nos Açores e, neste caso em concreto, sobre a actividade desportiva desenvolvida neste evento.
    Recordamos, também muitas vezes, as grandes dificuldades que existiam, nomeadamente ao nível das condições de trabalho, que só conseguiam ser ultrapassadas por profissionais como o senhor.
    Esse Festival ficou para a história, não só por ter sido o primeiro evento do género na ilha de São Jorge (embora já existisse a Semana Cultural no concelho vizinho, mas com outras características), mas também pelas pessoas que nele participaram e que deram uma projecção à Vila da Calheta, como nunca antes tinha acontecido.
    Um abraço amigo
    Aires Reis

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