Verão é tempo de férias

DO TEXTO:




Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com
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Está aí o Verão (na Europa, porque aqui no Brasil é Inverno). E as férias, o mar, a montanha, as origens, a memória, a família. Não se juntam, necessariamente, numa grande festa. Mas muitas vezes aproximam-se numa espécie de Natal menos apressado, com tempo para assentar, conviver, recordar e celebrar.


Aparentemente sem nada de sagrado. Mas com sentido numa espécie de visita à infância, sem ornamentos do trabalho, da cidade, da política, dos meios herméticos quantas vezes geradores de máscaras para uma espetáculo social ou pódio de prestígio para uma visibilidade respeitável em relação aos outros.

Temos tido conhecimento, de há algum tempo a esta parte, de espetáculos perturbadores em matéria de economia, finanças, negócios, política, empreendimentos, sempre aos milhões, com jogos escondidos sem percebermos o que significam as promessas, os contratos, os desvios, corrupções, roubos, manobras de compra, venda, cumplicidade, estratégias de ocultação do que se pretende, embaciamento do olhar do cidadão comum que não se apercebe dos jogos por baixo da mesa e até desconfia da sanidade do seu próprio olhar.

Assim, nada é o que parece, embora se diga que em política o que parece é. As ações ou omissões sobre dinheiros, justiça, saúde, educação, tecnologia, manobras empresariais, cobrem-se duma neblina enganosa que, a um tempo deixa ver metade e oculta a outra metade dos fatos e das manobras em vários quadrantes.

A mesa de bilhar parece a grande parábola dos poderes. Um toque, aparentemente simples, leva efeito, direção, sequência, recolocação, vitória ou suicídio. É um jogo complexo, escondido na inteligência e habilidade de quem desfere um impulso débil numa bola fria e indiferente.

Há gestos com destino de glória ou de humilhação. Diretos, públicos, claros, registados, repetidos, interpretados por críticos com pouco pudor, mas que sabem escandalizar-se, rasgar as vestes, invocar a moral, dizer-se, finalmente, civilizados.

E que espalham o seu olhar à sociedade que exorciza tabus, vive opulentamente das públicas virtudes e vícios privados.

Que esmaga impiedosamente quem desconhece ou transgride as regras. Ai de quem tem a infelicidade de cair nesta armadilha.

E, todavia, a transparência continua a ser a virtude primeira da relação humana. Que se explicita no tempo gratuito e sereno das férias. Mas que diz respeito ao todo pessoal e social. A mentira não é boa regra para nenhum quadro de vida.

NOTA FINAL – Os portugueses, ultimamente, vêm reclamando do Verão. É o tempo que não ajuda muito e, posteriormente, nos últimos dois anos, para apenas falarmos destes, acentuou-se a crise e, como tal, não há muito dinheiro para empregar numas boas férias, ao invés do que se fazia em tempos mais recuados. Porque nem tudo será espinhos, espera-se, pois, que todos, num futuro relativamente curto, possam usufruir de umas férias agradáveis e com tempo propício, sobretudo para quem gosta do mar e de curtir os ares das montanhas, das serras, enfim, o espaço almejado para recarregar baterias com vista aos meses que faltarão para terminar o ano e, depois, após o dealbar do que se segue, pensar de novo nas férias. Com melhor tempo, com melhor disponibilidade financeira? A incógnita deve continuar...
No Brasil, concretamente no Estado do Rio de Janeiro, sempre se passa um Verão prolongado, como acontece agora com a entrada do Inverno e temperaturas rondando os 27 graus durante o dia, sobretudo na cidade do Rio de Janeiro onde há sempre muita gente nas praias. E os cariocas neste aspecto sabem aproveitar esse fator climatério que, por vezes, também prega as suas partidas.

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