Subscrevo a versão de William Bonner

DO TEXTO:


Por: Carlos Alberto Alves
jornalistaalves@hotmail.com
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Sou adepto fervoroso de uma boa televisão. Por isso mesmo, nada tenho a ver com a guerra “despoletada” entre as redes Globo e Record. Não sou também fã do bispo Edir Macedo. Pra lá, pra lá, pra lá. Sou fã isso sim, dos grandes profissionais da Comunicação Social, entre os quais o casal William Bonner e Fátima Bernardes, distintos apresentadores do Jornal Nacional da Globo.


E foi dessa admiração que tenho pelo William que, no GNT, assisti, com toda a atenção, a uma entrevista que o William concedeu à Marília Gabriela. Assuntos de interesse quer pessoais quer profissionalmente falando. Nesse sentido, a experiência do William falou bem alto, para mais tratando-se de um profissional de reconhecida cátedra e que, da minha parte, merece os maiores encómios. Reforço ainda que este casal se completa muito bem. Diria mesmo que, de segunda a sexta-feira, trazem sempre a lição bem estudada. Existe, entre ambos, um visível equilíbrio na apresentação do Jornal Nacional.

Na referida entrevista, William Bonner tocou numa tecla muito importante e que tem a ver com os jornalistas saídos da Faculdade. De facto, muitos desses jornalistas chegam às redações – dos jornais, das televisões, das rádios – arvorados em sabichões, desprezando muitas das vezes os conselhos daqueles que, na profissão, já levam uma grande tarimba. No tempo em que fui editor, conheci em Portugal muitos casos destes. Aliás, é um mal generalizado, sobretudo em países como Portugal e Brasil – para apenas focar estes dois.

William Bonner, a dada altura, afirmou que (sic) “gostaria de ter ao seu dispor jornalistas saídos da Faculdade com mais sentido de profissionalismo”. É verdade. Eu pessoalmente subscrevo. E digo mais: a estes jovens falta-lhes um pouco mais de humildade no que concerne, sobretudo, à forma de abordar as temáticas, ou seja, se revelarem mais harmonizados, mas isso vai aflorando com os anos de profissão, com a paixão que a ela se dedica. Mas antes, para lá se chegar, é imprescindível que não se descure as “ajudas” dos mais antigos. Quantas vezes eu, no meu caso pessoal, recorri às experiências do Vítor Santos e do Alfredo Farinha, apenas para falar destes dois “monstros sagrados”, já falecidos, mas que são sempre lembrados por todos aqueles que com eles conviveram na redação do jornal “A Bola”. Tenho 47 anos de profissão e se ainda tivesse essa necessidade, hoje voltaria a fazer o mesmo junto daqueles que sempre rotulei de meus GRANDES MESTRES.

Para finalizar, felicito William Bonner pela sua grande visão sobre esta questão relacionada com os jovens jornalistas saídos da Faculdade, a quem falta na maioria dos casos, muito mais profissionalismo. Mas, volto à carga, se forem humildes, atingirão esse patamar com relativa facilidade. A base, essa, já trazem da Faculdade. É inegável. Mas isso, repetimos, não é tudo. Não lhes basta chamarem de doutores. Em tudo, há doutores e doutores. Dá para perceber?

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